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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PRÊMIO GESTÃO ESCOLAR 2012 - Boa Nova!

Para orgulho de todos nós, o C. E. Chequer Jorge é o indicado para representar o Estado do Rio de Janeiro no prêmio nacional de Gestão Escolar.
O Chequer reúne todas as condições de vencer mais esse novo desafio. No dizer da IGT - Candinha -, os professores, gestores e pais/responsáveis "Fazem jus ao Prêmio de Gestão Escolar, pois em pouco tempo, fizeram UM NOVO TEMPO acontecer, com Projetos ousados e desafiadores".
Aqui na Regional,  todos sabemos da grande e prezerosa luta que se trava na escola para fazer dela uma experiência cotidiana de qualidade. O Coordenador de Avaliação - prof. José Luiz - lembrou que  "A comunidade do CE Chequer Jorge construiu UM NOVO TEMPO: contagiou - com a força de sua convicção - o entorno e - tornou-se referência regional - devolvendo à escola pública o dever de ter qualidade.
Se depender de nossa torcida, a escola que já se tornou referência estadual, há de ser nacional.
Parabéns a todos e a todas com C. E. Chequer Jorge por mais esta conquista!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

VIDA DE PERIGUETE


 
Sei que eu sou
Bonita e gostosa
E sei que você
Me olha e me quer
Eu sou uma fera
De pele macia
Cuidado garoto!
Eu sou perigosa...
Rita Lee / Roberto de Carvalho / Nelson Motta


O Ronaldo Esper (se você não sabe quem é, não tem a mínima importância!) “ensinava” dias desses num programa de TV que PERIGUETE não é moda ou modismo, mas atitude. Não ficarei aqui te amolando com discussões sobre semântica: se é atitude, comportamento ou postura, pois equivaleria a tentar descobrir quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha. Nem se é PE ou PIriguete, pois estamos em plena anarquia linguística. Quanto a isso, aliás, o neologismo só cai no gosto popular se obedece à lógica do enquadramento. O vocábulo tem que evocar uma imagem mental. E não há quem tenha dúvidas do que seja uma periguete do ponto de vista estilístico. Não é um quadro, uma pintura estática; é um gif animado, tem movimento - ainda que repetitivo - como aquele de dar uma puxadinha para baixo nas pontas do vestidinho teimoso em escalar o côncavo das nádegas abundantes. Ou a vendavaldada de cabeça que valoriza as madeixas com ou sem a franja, porque periguete que se presa tem farta cabeleira natural ou encomendada. Ah! Para completar: o salto. Deus do céu! É inimaginável uma moça desta extirpe com uma sapatilha de cinderela. Olha eu aí dando um acento épico a isso.
Não me venham dizer que a TV tá forçando a barra. Nesse ponto, só faz registrar o fato. Talvez dando uma mãozinha no modismo, isto é, na atitude. No fundo no fundo, o papel social existe há tempos imemoriais. O que avançou é a exposição e, diga-se de passagem, muito positivamente, a Lei e os Direitos. Antigamente, antes das leis, esse tipo não representava quase nenhum perigo a quem usava seus serviços. Mas o tempo, crudelíssimo, desgasta certas “atitudes”. E, para sobreviver é preciso chacoalhar a obsolescência comportamental e se renovar. Quem ainda usa conceitos como os enfiados em “perdida”, “mulher da vida”, “mulher-dama”, “prostituta”, “piranha”, “profissional do sexo”, “garota de programa”? Já eram. Há um novo valor, um novo tipo, ou como deseja o Ronaldo, uma nova atitude: o periguetismo. Reconheçamos! As intenções são bem mais do que a necessidade de sobrevivência. Há muito mais do que o desejo de segurança alimentar, por exemplo. Ou não haveria a que achasse pouco uma pensão de R$ 18.000,00.  Evolução! O objetivo é se dar bem como as ancestrais “maria gasolina” “maria chuteira”, “vagaba”, “cachorra”, “pistoleira” e por aí afora, que já tiveram seu momento de fama e estrelato.
Aqui não vai nenhum preconceito. Jamais, alguma censura. É o curso da sociedade. Como contou um camarada que reencontrei depois de anos, evocando Allan Kardec, dizia que “o avanço moral da sociedade é lentíssimo, mas substancial e irreversível”. Também acho. Apesar de não ter lembranças de outras vidas – que não sei ter vivido – acredito que já fomos muito piores. Sobretudo os homens. As mulheres nem tanto. Trabalhavam 24 horas encafuadas nas cavernas. Estão no lucro. O Último censo do IBGE constatou que laboram 5 horas a mais que os machos. Elas insistem em dizer que fazem jornada dupla. Mas aí a matemática é crudelíssima: isso só dá 16 horas, com tendência a diminuir. Exceto para a periguete que, entre o salão de beleza e a costureira (ainda existe isso?), sobram vinte e poucas horas para a pose, a pegação e o gol. Fazem melhor do que os meritíssimos que agora resolveram peitar a Lei de Acesso e teimam em não querer divulgar seus salários para a patuleia que os paga.
Não há como saber quanto tempo “periguetes” ficará no TOP das conversas, mas elas não permanecerão. Durarão, talvez, uma Suelem ou outra. Transformar-se-ão em algo novo. Outro produto de consumo, outro nome fantasia e, talvez, outras atitudes. Uma candidatura a cargo eletivo, quem sabe?! É moda! É momentâneo! Sazonal!

Publicada na Estilo OFF - agosto/2012